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Sozinha


Andava meio embaralhada, desnorteada, como que alguém tivesse dado um empurrão e sem forças, permaneceu no chão. Procurando alguém que a ajudasse, procurando sentidos em coisas vazias, andava num abstratismo inefável. 
Estagnada no chão, tudo girava ao seu redor. 
Esperou um perdido que pudesse ajudar, carregá-la, levantá-la. Até que apareceu,mas tomada de orgulho,recusou. Continuou lá. Parada. Sozinha. Outros apareceram, recusou de novo. Agora, talvez seja por medo. Medo do engano, de dar a mão e depois ser empurrada novamente, estraçalhar novamente. Medo deenvolver-se,machucar-se.
Orgulhosa, levantou-se sozinha, meio que cambaleando, caminhou. Procurando o caminho, tentou guiar-se como cego, como bêbado, insano.
Já recuperada, começou a pensar nos últimos acontecimentos, sendo muitos, não recordo-os em sua totalidade. Tudo girava novamente, borbulhando em sua cabeça,pensamentos sem nexo, devaneios, como se tudo passasse num filme, a vida em curta metragem. Rostos, pessoas, lugares, amores; girando. O filme acaba, ela estagnada no chao. Sozinha. Lágrimas escorreram em seu rosto,percebeu a irrelevância da vida. Medrosa de enfretar as adversidades, acabou por peder grandes momentos da vida. Por medo de envolver-se, de arriscar-se,de se machucar, de se espor, nao estendeu a mão, lá ficou. Com medo das pessoas más recusou as boas, por medo das frias recusou as calorosas. Estava lá, sozinha. Lamentando a falta de alguém.

Percebeu que a vida é correr riscos, e estender a mão é correr o risco de se envolver e depois se machucar.



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